Artesanato do Jalapão ganha destaque em Belém (PA) com apoio do Sebrae, simbolizando o potencial dos pequenos negócios na transição verde
Com SEBRAE na COP30: Capim Dourado do Tocantins brilha e reforça protagonismo da bioeconomia sustentável
ADMINISTRAÇÃO
Sebrae promove protagonismo de artesãs tocantinenses e destaca o papel dos pequenos negócios na bioeconomia sustentável durante a maior conferência climática do mundo
O dourado que nasce nas veredas do Jalapão agora reflete sob a luz da COP30. O Capim Dourado, símbolo do Tocantins e da resistência cultural das comunidades tradicionais do estado, ganhou espaço de destaque na Green Zone da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 deste mês.
A presença das artesãs tocantinenses, com apoio do Sebrae, é mais do que uma exposição de produtos: é uma demonstração de como a bioeconomia sustentável pode transformar vidas, preservar o meio ambiente e gerar desenvolvimento local. As peças, feitas à mão por mulheres de comunidades do Jalapão, são reconhecidas nacional e internacionalmente pela beleza e pela técnica artesanal, que une tradição e inovação.
Bioeconomia em evidência na agenda mundial
Durante o evento, que reúne chefes de Estado, ambientalistas, cientistas e lideranças empresariais de todo o mundo, o Sebrae vem reforçando a importância dos pequenos negócios na transição para uma economia verde.
O espaço do Sebrae na Green Zone apresenta ao público iniciativas de diferentes regiões do Brasil que exploram o potencial econômico da natureza de forma sustentável. No caso do Tocantins, o Capim Dourado é o grande protagonista, representando uma cadeia produtiva que envolve dezenas de comunidades e gera renda para centenas de famílias.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o trabalho das artesãs tocantinenses é um símbolo do poder transformador do empreendedorismo local.
“O Capim Dourado é um exemplo de como a bioeconomia pode unir tradição e sustentabilidade, garantindo renda e dignidade a centenas de famílias. É um belíssimo trabalho do Sebrae Tocantins sendo apresentado ao mundo”, afirmou.
Além da Green Zone, o Sebrae participa de outros espaços estratégicos da COP30, como a Casa Brasil e a Enzone, áreas que reúnem experiências, debates e exposições sobre inovação, economia verde e desenvolvimento regional.
“O Sebrae marca presença em uma agenda diversificada dentro do evento, com painéis, estandes e espaços de colaboração voltados à discussão sobre meio ambiente, clima e desenvolvimento sustentável”, acrescentou Décio.
Tradição que gera renda e preserva a natureza
O Capim Dourado é uma planta nativa típica do Jalapão, uma das regiões mais preservadas e bonitas do Tocantins. Utilizado há gerações por comunidades tradicionais, o material é colhido de forma controlada e sustentável, respeitando os períodos naturais de crescimento e garantindo a preservação do ecossistema local.
Hoje, o artesanato com Capim Dourado é uma das principais fontes de renda das comunidades quilombolas e ribeirinhas do Jalapão. O Sebrae atua junto a essas artesãs oferecendo capacitação, apoio técnico, acesso a mercados e estímulo à formalização, permitindo que o trabalho artesanal se transforme em um modelo sustentável de empreendedorismo.
Segundo o analista técnico do Sebrae Tocantins, Wandemberg Rodrigues, a presença das artesãs na COP30 reforça a importância da inclusão dos pequenos negócios na agenda global do clima.
“Os pequenos negócios também são parte essencial da engrenagem econômica. O que está sendo discutido na COP da Amazônia impacta diretamente o desenvolvimento deles. A sustentabilidade não se constrói apenas com grandes acordos, mas também com o trabalho de quem vive e produz na Amazônia”, destacou.
Tocantins: um estado estratégico na economia verde
Com uma das maiores biodiversidades do país e um potencial imenso para a geração de energia limpa, turismo ecológico e produção sustentável, o Tocantins vem se consolidando como referência na economia de baixo carbono. Iniciativas como o fortalecimento das cadeias do babaçu, do mel e do capim dourado mostram que o estado aposta na valorização dos recursos naturais como vetor de desenvolvimento.
A atuação do Sebrae tem sido determinante nesse processo. Por meio de programas voltados à bioeconomia e inovação social, a instituição estimula o crescimento de negócios sustentáveis, conectando o empreendedor local às demandas de um mercado cada vez mais consciente e exigente.
Na COP30, esse trabalho se materializa em forma de reconhecimento: o artesanato tocantinense não apenas encanta os visitantes, mas inspira debates sobre como o conhecimento tradicional pode ser uma solução concreta para os desafios climáticos globais.
Mulheres que transformam o território
Grande parte das peças expostas na COP é resultado do trabalho de artesãs de comunidades do Jalapão, que aprenderam o ofício com mães e avós e hoje lideram associações e cooperativas. Com o apoio do Sebrae, essas mulheres vêm ampliando suas redes de comercialização e conquistando espaço em feiras nacionais e internacionais.
Mais do que gerar renda, o artesanato com Capim Dourado representa empoderamento feminino, autonomia e preservação cultural. Cada peça carrega uma história — de luta, de pertencimento e de respeito à natureza.
“A gente aprendeu com nossas mães a trabalhar o Capim Dourado. Hoje, com o apoio do Sebrae, conseguimos vender para fora, mostrar o que o Tocantins tem de mais bonito e sustentável”, relata uma das artesãs participantes, em depoimento durante a feira.
O futuro é sustentável e inclusivo
Ao promover o Capim Dourado e os pequenos negócios do Tocantins na COP30, o Sebrae mostra que o futuro da economia brasileira passa pela valorização do que é local, natural e humano.
A bioeconomia, quando aliada ao conhecimento tradicional, tem o poder de unir desenvolvimento e sustentabilidade, fortalecendo comunidades e preservando o meio ambiente. O Tocantins, com sua cultura vibrante e suas riquezas naturais, desponta como um exemplo vivo de que é possível crescer sem destruir.
O brilho do Capim Dourado, agora refletido nos olhos do mundo, simboliza um novo tempo — em que a economia e a natureza caminham lado a lado, com protagonismo das mãos que moldam o futuro: as mãos das artesãs tocantinenses.
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