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Aqui: orientações essenciais para produtores rurais declararem o IR 2025

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A Receita Federal iniciou o período de entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2025, referente ao ano-calendário de 2024. Produtores rurais que operam como pessoas físicas devem estar atentos às obrigações fiscais específicas do setor.

Neste ano, houve um ajuste significativo no limite de receita bruta anual que determina a obrigatoriedade de declaração para a atividade rural, passando de R$ 153.999,50 para R$ 169.440,00. Além disso, o valor de rendimentos tributáveis anuais que exigem a entrega da declaração aumentou de R$ 30.639,90 para R$ 33.888,00.

Quem Deve Declarar?

Estão obrigados a declarar o IRPF 2025 os produtores rurais que se enquadram em pelo menos uma das seguintes situações:

  • Receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024.

  • Obtiveram receita bruta anual da atividade rural superior a R$ 169.440,00 no ano de 2024.

  • Possuíam, em 31 de dezembro de 2024, bens e propriedades acima de R$ 800.000,00, incluindo terras, equipamentos e outros bens relacionados à atividade rural.

  • Tiveram ganhos com a venda de bens rurais sujeitos ao pagamento de imposto.

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Documentação Necessária

Para uma declaração precisa e evitar inconsistências, é fundamental que o produtor rural reúna e organize os seguintes documentos:

  • Receitas: Registros detalhados de todas as vendas de produtos agropecuários realizadas em 2024.

  • Despesas: Comprovantes de gastos relacionados à atividade rural, como aquisição de insumos, manutenção de equipamentos, despesas com mão de obra e outros custos operacionais.

  • Investimentos: Documentos que comprovem investimentos em melhorias, compra de máquinas, implementos agrícolas e outras benfeitorias.

  • Bens e Direitos: Relação atualizada de propriedades rurais, veículos, maquinários e outros bens vinculados à atividade.

  • Financiamentos e Empréstimos: Contratos e comprovantes de pagamentos de financiamentos relacionados à atividade rural.

Formas de Tributação

O produtor rural pode optar por duas formas de tributação:

  1. Livro Caixa: Permite a dedução das despesas comprovadas da receita bruta, tributando-se apenas o lucro real obtido.

  2. Estimativa: Aplica-se um percentual fixo sobre a receita bruta para determinar o lucro tributável, independentemente das despesas efetivamente realizadas.

A escolha da modalidade mais vantajosa depende da análise individual de cada produtor, considerando suas particularidades financeiras e operacionais.

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Prazos e Penalidades

O prazo para a entrega da declaração encerra-se em 30 de maio de 2025, às 23h59. O não cumprimento deste prazo ou a omissão de informações podem resultar em multas que variam de 50% a 150% do valor devido, em casos de fraude, conluio ou sonegação.

Dicas para Evitar Problemas com a Receita Federal

  • Organização: Mantenha registros atualizados e organizados de todas as operações financeiras relacionadas à atividade rural ao longo do ano.

  • Consultoria Especializada: Considere a contratação de profissionais especializados em contabilidade rural para auxiliar no preenchimento correto da declaração.

  • Atualização Constante: Esteja atento às mudanças na legislação tributária que possam impactar a atividade rural.

Para mais informações e acesso aos programas de declaração, visite o site oficial da Receita Federal.

Seguindo essas orientações, o produtor rural poderá cumprir suas obrigações fiscais de forma eficiente, evitando contratempos e contribuindo para a transparência e regularidade de sua atividade.

Fonte: Pensar Agro

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Mercado oscila com tensão global, mas safra brasileira segue promissora

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O mercado global de café viveu semanas de forte volatilidade, influenciado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China e a preocupação com uma possível recessão global. Enquanto as tarifas americanas sobre produtos chineses causaram turbulências nos preços, a colheita do café conilon no Brasil também ajudou a ajustar as cotações, trazendo um cenário misto para os cafeicultores.

A disputa comercial entre EUA e China teve reflexos no setor de commodities, incluindo o café. A imposição de tarifas americanas sobre produtos chineses – que chegaram a 145% em alguns casos – causou preocupação no mercado global. Embora o Brasil tenha conseguido ampliar suas exportações de soja para a China nesse contexto, outros produtos agrícolas, como café e carne, também podem ser beneficiados por essa reconfiguração do comércio global.

No caso do café arábica, o preço na Bolsa de Nova York fechou a R$ 21,43 por libra-peso, uma variação de -0,8% em relação ao início do mês. Já o café robusta demonstrou mais resistência, registrando uma leve alta de 0,6% nos últimos 45 dias, embora o cenário geral ainda seja de grande instabilidade.
Brasil: colheita do conilon pressiona preços

Enquanto o mercado internacional segue sensível às tensões políticas e econômicas, no Brasil, a chegada da safra do café conilon ajudou a pressionar os preços para baixo. Nos últimos meses, a saca do conilon registrou queda de 14,7%, o que representa aproximadamente R$ 500 a menos para o produtor.

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A colheita do conilon avança em ritmo acelerado e a expectativa de uma safra volumosa tem influenciado diretamente as cotações no mercado doméstico. No entanto, analistas indicam que a tendência de queda nos preços já está se estabilizando.

Já no caso do café arábica, os preços se mantêm mais firmes, impulsionados por uma produção ligeiramente menor do que a esperada inicialmente. A previsão da safra 2024/25, divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foi de 66,4 milhões de sacas, mas o volume exportado até agora indica que a safra pode ter sido superior.

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações brasileiras de café em março totalizaram 3,3 milhões de sacas, uma queda de 25% em relação ao mesmo período de 2024. Essa foi a maior redução anual nas exportações em mais de dois anos.

Apesar dessa desaceleração, o Brasil continua sendo um dos maiores fornecedores globais, e as perspectivas para os próximos meses ainda são positivas. A demanda global pode crescer novamente caso o risco de recessão diminua e o consumo nos mercados desenvolvidos se mantenha estável.

O clima é um fator fundamental para a produção de café, e o Brasil vem enfrentando desafios climáticos que podem afetar a próxima safra. As chuvas registradas entre março e abril ajudaram a recuperar as lavouras de café arábica, mas a seca nas fases iniciais da granação pode ter causado danos irreversíveis em algumas regiões.

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Para o café conilon, as perspectivas são mais otimistas, com uma produção maior que a do ano anterior. Os mapas meteorológicos indicam chuvas regulares entre maio e julho, o que pode ajudar a próxima florada e garantir uma colheita mais uniforme.

Os produtores devem seguir atentos às variações do mercado global e à evolução da demanda, que ainda pode sofrer impactos das políticas comerciais dos Estados Unidos e do desempenho econômico da China e da Europa. Além disso, o clima continuará sendo um fator decisivo para a definição dos preços no médio prazo.

Com a aproximação do inverno no Hemisfério Sul, a volatilidade dos preços tende a aumentar, especialmente se houver risco de geadas em regiões produtoras. Além disso, o mercado ainda aguarda novas definições sobre as tarifas americanas, que foram apenas postergadas, mas podem voltar a afetar o setor nos próximos meses.

A recomendação para os cafeicultores é planejar bem a comercialização da safra, buscando boas oportunidades de venda nos momentos de recuperação dos preços. O mercado segue imprevisível, mas a demanda mundial por café continua forte, garantindo boas perspectivas para quem souber aproveitar as oscilações do mercado.

Fonte: Pensar Agro

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