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AGRONEGÓCIO

Conab retoma leilões de arroz após polêmicas e crise no mercado interno em 2024

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará, na próxima sexta-feira (13.12), novos leilões de Contrato de Opção de Venda (COV) para arroz, marcando um novo capítulo em um cenário que enfrentou turbulências em meados de 2024. Entre os leilões programados, três serão destinados exclusivamente à agricultura familiar, com participação limitada a produtores e cooperativas que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ou Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).

Ao todo, serão ofertados 17.760 contratos de 27 toneladas cada, com abrangência em estados como Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. Segundo a Conab, o governo federal destinou cerca de R$ 1 bilhão para a aquisição de até 500 mil toneladas de arroz longo fino em casca, tipos 1 e 2, da safra 2024/25.

O anúncio vem após um período de intensas críticas e debates no setor, iniciado com a proposta do governo federal, em julho de 2024, de importar arroz para conter o aumento dos preços no mercado interno. A medida foi suspensa após forte pressão de produtores e entidades do agronegócio, que argumentaram que a produção nacional era suficiente para atender à demanda.

Na época, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, explicou que a melhora nas condições logísticas, especialmente nas rodovias, havia normalizado o abastecimento. Ele destacou que os preços do arroz, que chegaram a R$ 40 por um pacote de cinco quilos em algumas regiões, haviam recuado para valores entre R$ 19 e R$ 25. “Não se faz necessário novos leilões no momento, mas seguimos monitorando o mercado para evitar especulações”, afirmou Fávaro.

Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA), foi uma das vozes mais críticas à proposta de importação. Ele classificou a medida como desastrosa para o setor e ressaltou a falta de estoques estratégicos da Conab como um dos fatores que agravaram a crise. “A incompetência na gestão da Conab deixou o país desabastecido e gerou um desespero desnecessário. Essa tentativa de importar arroz foi um erro que prejudicaria milhares de produtores brasileiros”, afirmou Rezende.

Além disso, ele destacou que a estatal negligenciou sua missão de garantir estoques reguladores, expondo fragilidades na gestão do mercado de arroz, um dos pilares do agronegócio brasileiro.

“Todo esse imbróglio em que o governo se meteu mostra despreparo e incompetência do governo no gerenciamento de um setor que é um dos principais pilares da economia brasileira. Cancelar um leilão que nem devia ter sido cogitado realizar, é apenas tentar tapar o sol com a peneira”, disse Rezende à época.

“Todo esse episódio revelou inúmeros problemas que precisam ser resolvidos. Por exemplo, a falta de estoques estratégicos de arroz. A Conab é a estatal responsável por regular o mercado e nos últimos dois anos (2023 e 2024), negligenciou essa função crucial, deixando o país desabastecido. A Conab não tem arroz estocado e isso resultou nesse desespero todo e nessa confusão”, completou o presidente do IA.

Como resposta, o governo federal lançou o programa “Arroz da Gente”, focado em fortalecer a produção nacional, especialmente no âmbito da agricultura familiar. A iniciativa combina crédito a juros reduzidos com contratos de opção de compra, garantindo preços mínimos para os produtores.

O programa abrange sete eixos principais, incluindo acesso a crédito, assistência técnica, sementes de qualidade, beneficiamento, comercialização e contratos de opção. “Queremos garantir arroz na mesa do povo a preços justos, fortalecendo nossa agricultura familiar”, declarou o ministro do Desenvolvimento, Paulo Teixeira, durante o lançamento.

Com taxas de custeio de 3% para arroz convencional e 2% para orgânico, a proposta busca fomentar a produção sustentável e estabilizar o mercado.

A retomada dos leilões da Conab e as iniciativas como o “Arroz da Gente” refletem uma tentativa do governo de reconquistar a confiança dos produtores e assegurar a estabilidade do mercado. No entanto, lideranças do setor destacam que os problemas estruturais, como a falta de estoques reguladores, ainda precisam ser resolvidos para evitar novas crises.

Para o futuro, o desafio será equilibrar as demandas do mercado interno, garantindo preços acessíveis ao consumidor, sem comprometer a sustentabilidade da produção nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Sebrae participa do 2º Dia de Campo Nelore Cedro em Paraíso do Tocantins

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O Sebrae Tocantins, em parceria com o Grupo Nelore Cedro, realiza neste sábado, 1º, o 2º Dia de Campo Nelore Cedro, no Tatersal José São José, em Paraíso do Tocantins. A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a competitividade e a sustentabilidade dos produtores rurais, além de promover a troca de experiências, capacitação técnica e oportunidades de negócios no setor agropecuário.
Após o sucesso da primeira edição, realizada em 2024 pela própria equipe do Grupo Nelore Cedro e que reuniu cerca de 300 participantes, o evento retorna em um novo formato, com a parceria estratégica do Sebrae Tocantins. A expectativa é reunir mais de 400 produtores rurais e ampliar o alcance e o impacto das ações voltadas à melhoria da produtividade e da gestão nas propriedades.
De acordo com Millena Lima, gerente do Sebrae, o evento representa um movimento estratégico de fortalecimento da presença institucional da instituição no meio rural. Ela destacou que o evento consolida o papel da entidade como parceira dos produtores, ao proporcionar acesso a conhecimento técnico, gestão de negócios e inovação aplicada ao campo.
Millena ressaltou que o Sebrae tem buscado atuar de forma integrada, conectando o produtor às oportunidades que impulsionam a competitividade e a sustentabilidade das propriedades rurais. Para ela, ações como o Dia de Campo são fundamentais porque aproximam a teoria da prática, promovem a troca de experiências e estimulam a adoção de novas tecnologias e métodos de gestão. A gestora também enfatizou que a parceria com o Grupo Nelore Cedro potencializa o impacto das ações no território, gerando resultados concretos para o agronegócio tocantinense e fortalecendo o ecossistema de inovação no setor.
“O Dia de Campo Nelore Cedro é uma oportunidade concreta de levar conhecimento técnico e de gestão aos produtores, ao mesmo tempo em que reforçamos a presença do Sebrae nas regiões produtoras. A parceria com a iniciativa permite unir forças, somar expertises e criar um ambiente de aprendizagem e de negócios que valoriza o agronegócio tocantinense”, afirma.
Na avaliação da gestora, o evento também simboliza uma estratégia importante de articulação regional. Millena destaca que o Sebrae tem atuado para criar pontes entre o conhecimento técnico, a inovação e a realidade do campo. “A ideia é que cada produtor saia do Dia de Campo com novas perspectivas para aprimorar seu trabalho, seja no manejo do gado, na gestão da propriedade ou na busca por novas parcerias. Esse tipo de ação consolida o papel do Sebrae como indutor de desenvolvimento local e parceiro direto do produtor rural”, enfatiza.
Além das palestras e demonstrações técnicas, o evento contará com momentos de networking, exposição de tecnologias voltadas à pecuária de corte e apresentação de boas práticas de manejo adotadas pelo Grupo Nelore Cedro. (Assessoria de Imprensa do Sebrae Tocantins)
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