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PSSC: 4° ciclo prioriza propostas que gerem valor à conservação da vegetação nativa do Cerrado

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Foram abertas as inscrições para o 4° ciclo do “Programa Soja Sustentável do Cerrado – fomentando o empreendedorismo e a inovação para a produção livre de desmatamento”. Na atual edição, o principal objetivo é priorizar as propostas que gerem valor à conservação da vegetação nativa em propriedades rurais na região do Cerrado. Possuindo um portfólio com quinze startups, as selecionadas nos três primeiros ciclos proporcionam soluções que visam ajudar amenizar alguns dos grandes desafios da agenda moderna de sustentabilidade. O programa é o resultado da parceria entre o Land Innovation Fund e AgTech Garage, com apoio estratégico da EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – e conta com recurso inicial de cerca de R$2,2 milhões para apoio às startups.

Para aumentar o alcance da inovação e conquista do sistema, o 4° ciclo do PSSC promove o start-up participativo e soluções de gestão e financeiras para a produção sustentável, como mecanismos financeiros, rastreabilidade e conformidade ambiental; a redução de desmatamento e degradação da floresta nativa, como monitoramento, manutenção de recursos hídricos e agricultura regenerativa; e a geração de receita a partir da conservação da vegetação nativa, como mercado de carbono, bioeconomia e pagamento por serviços ambientais. “Queremos que as novas iniciativas complementem os projetos apoiados nos três primeiros ciclos e formem um portfólio de soluções de sustentabilidade capazes de atender a propriedade rural como um todo – da área plantada à floresta em pé”, explica o diretor do Land Innovation Fund, Carlos E. Quintela.

O Cerrado é um bioma que ocupa 22% do território brasileiro, de agosto de 2020 a julho de 2021, acabou por perder 8.351km² de sua vegetação nativa, o equivalente a cinco vezes e meia a extensão da cidade de São Paulo. De acordo com os dados divulgados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a parcela de crescimento de 7,9%, quando comparado a mesma época do último ano, acaba revelando que é o maior bioma desde 2015.  “Mais do que nunca, é necessário cuidar da terra para colher bons resultados – econômicos e socioambientais – expandindo o entendimento de que a inovação pode ser uma aliada da agricultura na busca pela sinergia entre produtividade e sustentabilidade”, afirma Quintela.

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O programa:

As startups que foram selecionadas para participar do Programa Soja Sustentável do Cerrado, passam por um processo chamado de “Jornada de Experiência”, por meio do acesso a assessoria estratégica e técnica, comunicação com gestores da comunidade AgTech Garage, troca de experiências com empreendedores, participação em eventos e workshops com profissionais do setor privado e acompanhar um time de especialistas formado por empresas parceiras com foco no desenvolvimento e escala de soluções que possam contribuir com a Iniciativa do Fundo Global para melhorar a sustentabilidade na cadeia produtiva da soja. Os selecionados para o PSSC participam também de aulas masters e apoio técnico-científico de um time de pesquisadores selecionados para o Programa Fellowship Matopiba. “Com a interseção de dois programas, o AgTech Garage oferece toda sua expertise e potencial de conexão com o ecossistema da inovação aos empreendedores e pesquisadores interessados a trabalhar em sinergia e participar de uma jornada pelo desenvolvimento agrícola sustentável”, afirma José Tomé, co-founder e CEO do AgTech Garage.

Na conclusão do ciclo, quando o conselho consultivo é analisado, as iniciativas de destaque podem receber apoio financeiro do Startup Finance Facility para desenvolver soluções. Com recursos do Land Innovation Fund, tecnologia da AgTech Garage e apoio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), a iniciativa inédita de gerenciar e promover soluções de inovação vale R$ 2,2 milhões para desenvolver soluções, com potencial de captação de recursos, desde a entrada de novos parceiros interessados ​​em apoiar o ecossistema para o estabelecimento de um negócio agrícola sustentável.

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Com o objetivo de fechar a lacuna entre startups e empreendedores com instalações de pesquisa de última geração e habilidades técnicas para desenvolver projetos selecionados, a EMBRAPII também poderá financiar soluções tecnológicas, com base em seus princípios, sem recursos reembolsáveis. “A inovação e a sustentabilidade são agendas estratégicas ao agronegócio brasileiro, que pode contar com o apoio das Unidades EMBRAPII para superar desafios tecnológicos. A interação de grandes empresas com o conhecimento de vanguarda de startups pode criar também um novo patamar de inovação no campo”, afirma Igor Nazareth, diretor de planejamento e relações institucionais da EMBRAPII.

Com quinze startups em seu portfólio, o PSSC oferece soluções que vão desde a conscientização ambiental até o manejo do solo, que inclui restauração, rastreamento e balanceamento de carbono.

Fonte: AgroPlus

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Centro-Sul deverá ter safra recorde de cana, estimada em até 42,5 milhões de toneladas

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Com uma safra recorde à vista e um mercado global em recuperação, o Brasil se consolida como líder mundial em exportação de açúcar. As condições favoráveis para a produção, a expertise do setor e a busca por fontes de energia renováveis garantem um futuro promissor para o setor sucroenergético brasileiro, beneficiando não apenas a economia nacional, mas também a segurança alimentar e energética global.

A safra recorde, estimada entre 41 e 42,5 milhões de toneladas na região Centro-Sul, principal polo produtor do país, deve resultar em um aumento significativo das exportações brasileiras de açúcar nos próximos meses. Essa notícia é recebida com entusiasmo pelos grandes importadores, especialmente na Ásia e no Oriente Médio, que lutam contra estoques baixos da commodity.

Durante a Semana do Açúcar, realizada em Nova York, empresas e especialistas do setor revisaram suas estimativas para a safra brasileira, elevando as previsões iniciais. A Alvean Sugar, Louis Dreyfus e Marex Group, por exemplo, destacaram o potencial do país, reconhecendo que previsões anteriores subestimaram a capacidade exportadora do gigante sul-americano.

Diversos fatores contribuem para a safra recorde prevista para 2024. As condições climáticas favoráveis, especialmente a quantidade ideal de chuvas durante o período de crescimento da cana, são cruciais para o bom desenvolvimento das plantações. Além disso, a expansão das áreas cultivadas com cana-de-açúcar, estimada entre 3% e 4% este ano, também impulsiona a produção.

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O cenário positivo para a safra brasileira é acompanhado pela estabilização dos preços do açúcar no mercado futuro, com queda de cerca de 30% em relação aos picos recentes. Essa queda, impulsionada pelas boas perspectivas de colheita e pela normalização da logística nos portos, traz alívio para os consumidores e contribui para a recuperação do mercado global.

A posição do Brasil como um dos principais players no mercado global de açúcar é reforçada por sua capacidade de produção em larga escala e pela confiabilidade na entrega da commodity. Segundo Carlos Murilo Barros de Mello, chefe do setor de açúcar para as Américas na Hedgepoint Global Markets, a produção brasileira oferece um contraponto essencial à dependência mundial de poucos produtores, garantindo maior estabilidade ao mercado.

Apesar do otimismo geral, a crescente dependência do mercado global em relação ao Brasil gera algumas preocupações. A Índia, segundo maior produtor mundial, não deve retomar suas exportações significativas até meados de 2025, conforme destaca Kiran Wadhwana, diretor da corretora Comdex India. Essa situação aumenta a pressão sobre o Brasil para suprir a demanda global, tornando o país mais vulnerável a eventos climáticos ou logísticos adversos.

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Apesar dos desafios, as perspectivas para o futuro do setor sucroenergético brasileiro são promissoras. O país possui condições climáticas favoráveis, tecnologia de produção avançada e expertise na gestão das plantações, fatores que o consolidam como um dos principais fornecedores de açúcar no mercado global. Além disso, a busca por fontes de energia renováveis impulsiona a produção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar, abrindo novas oportunidades para o setor.

Fonte: Pensar Agro

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