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ANP prevê investimentos de R$ 3,3 bilhões na fase de exploração

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Os investimentos previstos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na fase de exploração de petróleo e gás, envolvendo atividades de blocos sob contrato, este ano, totalizam R$ 3,366 bilhões, dos quais R$ 2,625 bilhões serão investidos em 30 poços exploratórios, R$ 184 milhões em levantamentos geofísicos e R$ 557 milhões em atividades acessórias.

Os dados constam da segunda edição do Relatório Anual de Exploração 2021, divulgado hoje (22) pelo diretor da ANP Fernando Moura, durante o 2º Seminário Instrumentos de Divulgação de Informações sobre Exploração de Petróleo e Gás Natural.

O coordenador de Regulação da Superintendência de Exploração (SEP) da ANP, Edson Montez, avaliou ser factível a previsão de atingir este ano 30 poços exploratórios. De janeiro até junho, já há 15 poços perfurados no país, informou Montez. “A gente está pronto para ultrapassar o desempenho que teve em 2020, quando foram perfurados 16 poços”, disse.

Os 22 poços exploratórios perfurados em 2021 representam aumento de 38% em relação a 2020.

Fernando Moura destacou que a divulgação do segundo Relatório Anual de Exploração é uma importante fonte de informações e de análises sobre o desempenho de exploração do país, podendo contribuir para o aprofundamento da avaliação e compreensão sobre os rumos do segmento, auxiliando ainda no planejamento e decisões futuras sobre os investimentos a serem realizados.

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De acordo com o diretor, o relatório, bem como o Painel Dinâmico da Fase de Exploração, atualizado em abril, constituem ferramentas que agregam valor às informações fornecidas à sociedade, bem como conhecimento.

Comercialidade

O Relatório Anual de Exploração 2021 incorpora a série histórica iniciada em 2016. Nesse período, foram efetivadas 27 declarações de comercialidade, etapa que constitui o ápice da fase de exploração, das quais 19 em bacias terrestres e oito em bacias marítimas.

A analista de Infraestrutura da SEP, Lydia Hughenin Queiroz, disse que, em 2021, foram efetivadas três declarações de comercialidade, sendo duas na Bacia do Recôncavo e uma na Bacia do Parnaíba, havendo outras nove declarações não efetivadas, sob análise da ANP, o que soma 36 declarações de comercialidade, das quais 20 em bacias terrestres e 16 em bacias marítimas.

No final de 2021, havia no Brasil 39 empresas operadoras, sendo a Petrobras a companhia com maior quantitativo de blocos sob contrato (68) e a única a atuar em ambientes marítimo e terrestre. Do total de 246 blocos sob contrato na fase de exploração em bacias sedimentares, 57 se achavam em situação de suspensão no final de 2021.

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A especialista em Regulação da SEP, Rosana de Rezende Andrade, observou que a partir de 2018, quando houve registro de 334 blocos sob contrato assinados, ocorreu tendência declinante de contratos, influenciada em 2020 pela pandemia do novo coronavírus. Dos 246 blocos sob contrato no final de 2021, 138 eram em marítimos e 108 terrestres.

No final do ano passado, a área exploratória sob contrato atingia 188 mil quilômetros quadrados (km²), correspondendo a 2,6% das bacias sedimentares brasileiras, aponta o relatório. O Painel Dinâmico da Fase de Exploração, atualizado pela ANP em abril, incluindo dados históricos a partir de 1998, informa que existem, atualmente, 240 blocos sob contrato, em área de 192,6 mil km².

O Relatório Anual de Exploração e o Painel Dinâmico da Fase de Exploração podem ser acessado na página da ANP.

Edição: Fernando Fraga

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Desoneração traz risco de nova reforma da Previdência, diz Haddad

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A manutenção da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e da desoneração para pequenos municípios traz o risco de uma nova reforma da Previdência em três anos, disse nesta noite o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse que o placar de 5 a 0 no Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da liminar que suspendeu a desoneração mostra a necessidade de acordos para evitar mais prejuízos à Previdência Social.

“Estamos desde outubro tentando conversar com os [17] setores e os municípios. O placar do Supremo deixa claro que temos de encontrar um caminho para não prejudicar a Previdência. Ou daqui a três anos vai ter de fazer outra reforma da Previdência, se não tiver receita. A receita da Previdência é sagrada, para pagar os aposentados. Não dá para brincar com essa coisa”, disse o ministro ao retornar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar da advertência, o ministro se disse confiante em um acordo para resolver o impasse entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Apesar das recentes críticas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao governo por ter recorrido ao Supremo, Haddad afirmou que o diálogo trará resultados. “Tem dado muito resultado o nosso diálogo com o Congresso e com o Judiciário. O Pacheco segue sendo um aliado”, destacou o ministro.

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O ministro esclareceu entrevista publicada neste fim de semana pelo jornal Folha de S.Paulo, em que cobrou o Congresso pela busca do equilíbrio nas contas públicas. Na entrevista, Haddad disse que o Congresso quer governar numa espécie de parlamentarismo, sem assumir as responsabilidades pelo aumento de gastos provocados pelas pautas-bomba.

“O que eu estava dizendo na entrevista é que, como o Congresso ganhou prerrogativas, era importante que as mesmas práticas de respeito à lei fiscal deveriam ser de todos: Executivo, Legislativo e Judiciário, que é o pacto que eu venho falando desde o começo do ano. Vamos fazer um pacto para a gente acertar as contas e continuar evoluindo”, concluiu Haddad.

Impacto

No fim do ano passado, o Congresso aprovou o projeto de lei da desoneração que prorrogava, até 2027, a troca da contribuição previdenciária – correspondente a 20% da folha de pagamento – por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta de empresas de 17 setores da economia. O projeto também cortou de 20% para 8% a alíquota das contribuições ao INSS por parte dos municípios com até 156 mil habitantes.

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A desoneração da folha de pagamento tem impacto de cerca de R$ 9 bilhões por ano à Previdência Social. A ajuda aos pequenos municípios fará o governo deixar de arrecadar R$ 10 bilhões por ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto, mas o Congresso derrubou o veto ainda em dezembro do ano passado.

Na semana passada, com base em uma ação da Advocacia-Geral da União), o ministro do STF Cristiano Zanin concedeu liminar suspendendo a desoneração da folha e submeteu sua decisão ao plenário. Cinco dos 11 ministros votaram por confirmar a suspensão, mas Luiz Fux pediu vista e interrompeu a análise. Ele tem até 90 dias para liberar o processo.

Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reuniu-se com Haddad no Ministério da Fazenda. Ao sair do encontro, Padilha disse a decisão do STF cria um ambiente mais propício para um novo meio-termo entre o governo, o Congresso e os representantes dos 17 setores e das prefeituras.

“Combinamos com Haddad para darmos continuidade na mesa de negociação dos municípios sobre a questão da dívida previdenciária. Já iniciamos diálogo com as três entidades e vamos manter essa mesa de negociação”, destacou Padilha.

Fonte: EBC Economia

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