AGRONEGÓCIO
CNA defende uso de insumos minerais para fortalecimento do solo
AGRONEGÓCIO
Brasília (28/04/2022) A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apoia a utilização do pó de rocha, insumo já regulamentado no Brasil, para fortalecimento do solo durante audiência pública, na quinta (28), na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal.
O diretor-adjunto da entidade, Reginaldo Minaré, defendeu o uso dos remineralizadores e lembrou que a remineralização, por meio da moagem de rochas e distribuição nas áreas de plantio e pastagens, reproduz mecanicamente o processo que a natureza utiliza para produzir os solos, que é transformar as rochas um pó.
“É um processo que melhora as características físicas e químicas do solo e a microbiota do solo, processo que é potencializado quando utilizado com microrganismos solubilizadores de fosfato e potássio”.
Porém, Minaré ressaltou que, embora o processo de remineralização tenha o mesmo objetivo do uso de fertilizantes químicos, ele não substitui totalmente o fertilizante químico e tem uma logística comercial e de produção muito diferentes.

Segundo ele, a produção é viável em todo o País. No entanto, é uma produção regional que necessita de um modelo de negócio diferenciado. A produção do pó de rocha deve acontecer a uma distância de aproximadamente 300 km do local que o produto será utilizado.
O diretor-adjunto reforçou que o uso desse insumo é promissor, tem impacto positivo para o ambiente e incorpora uma preocupação grande com a melhoria da qualidade do solo. De acordo com Minaré, é uma prática importante, principalmente quando se observa que o fertilizante clássico ainda é pouco produzido no Brasil e que o Plano Nacional de Fertilizantes espera reduzir em até 50% a dependência do País até 2050.
“Hoje somos dependentes de 90% de fertilizantes químicos e o custo de produção está muito elevado, pois aumentou com o desajuste da cadeia de suprimentos e com a guerra. Isso impacta na margem de renda do produtor e no preço dos alimentos. O uso de remineralizadores é algo que pode amenizar a dependência no futuro, reduzir custo de produção e, no médio e longo prazo, contribuir com o melhoramento do solo.”
Minaré acredita que, para o bom desenvolvimento desse mercado, é importante tornar mais previsível o licenciamento ambiental, inclusive com a criação de uma lei que separasse a produção dos agrominerais das demais minerações.
“Outro ponto importante é verificar se este tema está bem contemplado na grade curricular das universidades e escolas técnicas. Pois a assistência técnica ao produtor precisa ser realizada com eficiência, visto que exige uma mudança de cultura dos agricultores que acostumaram com o uso de fertilizantes químicos apenas”.
Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109-1419
flickr.com/photos/canaldoprodutor
cnabrasil.org.br
twitter.com/SistemaCNA
facebook.com/SistemaCNA
instagram.com/SistemaCNA
facebook.com/SENARBrasil
youtube.com/agrofortebrasilforte

AGRONEGÓCIO
Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás

Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.
Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.
Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.
Origens: fé, terra e pioneirismo
A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.
Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.
Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.
Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro
O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.
Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.
Diversificação econômica e qualidade de vida
Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.
Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Infraestrutura, eventos e futuro sustentável
Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.
Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.
-
A CAPITAL6 dias atrás
Reuso de peças de campanha eleitoral: possíveis implicações jurídicas
-
A CAPITAL1 dia atrás
Eleições 2026 no Tocantins: Pesquisa Lucro Ativo revela cenário atual para Governo e Senado
-
COLUNA2 dias atrás
Tocantins celebra 37 anos de história e destaca força dos pequenos negócios no Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa
-
Empreendedorismo4 dias atrás
Sebrae promove seminário para orientar empreendedores sobre crédito e gestão estratégica