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Exportações de carne bovina crescem impulsionadas por China e EUA

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As exportações brasileiras de carne bovina – incluindo carne in natura, processados e miudezas comestíveis – registraram forte crescimento no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o país embarcou 746,1 mil toneladas no período, volume 11% superior ao mesmo intervalo de 2024. A receita também cresceu 21%, passando de R$ 15,7 bilhões para cerca de R$ 19 bilhões.

A China continua como principal destino da carne brasileira, com 279,7 mil toneladas importadas no trimestre. Apesar disso, sua participação nas receitas totais caiu de 45,1% para 41,3%. A tendência é de uma leve desaceleração nas compras chinesas, enquanto outros mercados, como Chile e Argélia, ampliam suas aquisições.

O bom desempenho foi impulsionado por um crescimento generalizado das vendas para mais de 100 países, com destaque para os Estados Unidos, que apesar de todas as confusões do presidente Trump, vêm ganhando protagonismo no mercado. Entre janeiro e março, os americanos compraram 164,6 mil toneladas de carne bovina brasileira, volume 46,7% maior que no ano passado. A receita das vendas para os EUA chegou a R$ 3,23 bilhões, um salto de quase 69%.

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Com isso, os Estados Unidos responderam por 17% de toda a receita obtida com as exportações brasileiras de carne bovina, aumentando sua participação frente aos 12,2% do mesmo período do ano anterior.

O Chile, por exemplo, triplicou os embarques, somando mais de 30,3 mil toneladas e R$ 949 milhões em receita – alta de 81% no valor. Já a Argélia comprou 21,2 mil toneladas e gerou R$ 660,6 milhões em receita, mais que o dobro do registrado em 2024.

Somente em março, o Brasil exportou 289,9 mil toneladas de carne bovina, com receita de R$ 7 bilhões – crescimento de 41% em volume e 42% em valor, comparado ao mesmo mês de 2024. O preço médio da tonelada também aumentou, subindo de R$ 24,1 mil para R$ 24,3 mil.

No atacado, o mercado apresentou firmeza nos preços com projeções positivas de escoamento, especialmente em função do feriado prolongado. O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 26,00 o quilo, enquanto o dianteiro permaneceu em R$ 19,00 o quilo.

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O desempenho das exportações neste início de ano mostra que o Brasil está retomando o ritmo acelerado de embarques, com perspectiva de bater novo recorde anual, caso as condições de mercado se mantenham favoráveis.

Apesar disso, analistas apontam que as incertezas sobre tarifas nos mercados dos EUA e da China podem afetar o ritmo de embarques nos próximos meses. Para os produtores, o momento é de atenção redobrada às negociações e às movimentações do mercado internacional, especialmente com a proximidade do pico de oferta, que costuma ocorrer entre maio e junho.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás

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Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.

Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.

Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.

Origens: fé, terra e pioneirismo

A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.

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Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.

Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.

Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro

O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.

Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.

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Diversificação econômica e qualidade de vida

Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.

Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Infraestrutura, eventos e futuro sustentável

Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.

Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.

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