Com forte vocação agrícola e crescimento econômico constante, cidade do Sudoeste goiano é símbolo de progresso e inovação no Centro-Oeste
Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás
AGRONEGÓCIO

Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.
Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.
Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.
Origens: fé, terra e pioneirismo
A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.
Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.
Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.
Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro
O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.
Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.
Diversificação econômica e qualidade de vida
Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.
Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Infraestrutura, eventos e futuro sustentável
Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.
Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.

AGRONEGÓCIO
Goiás amplia ações sustentáveis com projeto de preservação hídrica em Anápolis

Iniciativa fortalece a sustentabilidade no campo
O Governo de Goiás deu mais um passo rumo à sustentabilidade no meio rural com a adesão ao Programa Produtor de Água de Anápolis (PPA Anápolis). O projeto tem como foco ampliar a oferta e melhorar a qualidade da água por meio de práticas como recuperação da vegetação nativa, conservação do solo e melhorias no saneamento rural.
Ações já em andamento
Até o momento, cerca de 88 hectares já foram contemplados com ações de conservação nas bacias hidrográficas do Ribeirão Piancó, Rio das Antas e Rio Caldas, no município de Anápolis (GO). O programa alia desenvolvimento econômico à proteção ambiental, valorizando o papel do produtor rural como protagonista na preservação dos recursos hídricos.
“É uma ação estruturante que alia produção sustentável, recuperação do Cerrado e garantia de água para o presente e o futuro. Goiás avança mais uma vez na agenda sustentável”, destacou Pedro Leonardo Rezende, secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Acordo de cooperação técnica fortalece o projeto
Para consolidar a implementação do programa, será firmado um Acordo de Cooperação Técnica entre diversas instituições. A parceria pretende impulsionar soluções sustentáveis na gestão hídrica e no desenvolvimento rural, reforçando Goiás como referência em práticas agropecuárias de baixo impacto.
Participam do acordo:
- Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)
- Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad)
- Emater Goiás
- Saneago
- Secretaria Municipal de Obras e Meio Ambiente de Anápolis
- The Nature Conservancy (TNC)
Programa busca garantir segurança hídrica
Criado para enfrentar o risco de déficit hídrico na região — que levou o Governo de Goiás a decretar emergência no abastecimento em 2021 —, o PPA Anápolis contempla bacias estratégicas para a cidade e para o Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), polo relevante da economia local.
Metas do programa até 2029
A previsão é beneficiar diretamente 100 propriedades rurais nos próximos anos, com metas ambiciosas:
- 1.000 hectares de Cerrado conservados
- 500 hectares restaurados ecologicamente
- 1.000 hectares com práticas conservacionistas do solo
- 500 km de estradas rurais readequadas
- 100 imóveis com sistemas de saneamento básico instalados
Fazenda pioneira já mostra resultados
A Fazenda Três Pontas é uma das propriedades pioneiras no programa. No local, já foram realizadas ações como terraceamento, construção de cacimbas e readequação de estradas vicinais, com foco na redução da erosão, maior infiltração da água no solo e preservação dos mananciais que abastecem a cidade e a indústria.
Apoio técnico e incentivo ao produtor rural
A adesão ao programa é voluntária, e os produtores participantes recebem assistência técnica da Seapa e da Emater Goiás para a elaboração dos Projetos Individuais de Propriedade (PIP), com foco em práticas sustentáveis. Também há possibilidade de incentivo financeiro por meio do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
“O Programa Produtor de Água oferece apoio técnico para que o produtor aplique soluções adequadas à sua realidade e contribua com a recarga dos aquíferos. Mais do que conservar, é garantir água para todos e agregar valor à atividade rural”, explicou Stella Miranda, gerente de Sustentabilidade Agropecuária da Seapa.
A iniciativa reforça o compromisso de Goiás com o desenvolvimento rural sustentável e a preservação dos recursos hídricos, assegurando benefícios ambientais e econômicos tanto para os produtores quanto para a sociedade.
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