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Entrevista: Comissão Estadual mobiliza mulheres por agro mais forte

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Em 2021, Lisiane Rocha Czech assumiu a coordenação da Comissão Estadual de Mulheres da FAEP (CEMF) e a vice-presidência do Sistema FAEP/SENAR-PR. Além de agrônoma e produtora rural, Lisiane é presidente do Sindicato Rural de Teixeira Soares há 14 anos, reforçando sua trajetória, tanto pessoal quanto profissional, ligada ao meio rural.

Neta de produtores rurais, passou a maior a parte da infância e adolescência no campo. Em Teixeira Soares, recebeu um pedaço de terra do pai e abriu um escritório de planejamento agrícola. Com o trabalho, Lisiane teve a sua primeira atuação direta no sindicato rural do município.

Enquanto coordenadora da CEMF, Lisiane trabalha em conjunto com mais 16 mulheres, que atuam na coordenação regional do grupo, incentivando à criação de comissões locais nos sindicatos rurais do Paraná. Atualmente, são 19 comissões locais de mulheres – Alvorada do Sul, Campo Mourão, Cascavel, Castro, Cianorte, Colorado, Faxinal, Guarapuava, Ipiranga, Juranda, Maringá, Palotina, Pitanga, Realeza, Rondon, Tapejara, Teixeira Soares, Toledo e Uraí –, sendo que 12 já existiam antes da criação da CEMF.

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Comissão formada em Goioerê

Mulheres da comissão de Ubiratã

Nova Aurora também formou sua comissão

Em Céu Azul, comissão tem 38 participantes

Comissão local de Mariluz

Qual é o objetivo destas reuniões locais?

Queremos aumentar a representatividade feminina no campo. Para isso, estamos proporcionando capacitações pessoais e profissionais para as mulheres, para que possam ter mais autoconhecimento, desenvolvendo relações melhores dentro da família, com fornecedores, clientes e colaboradores. Um dos nossos objetivos é fazer com que as mulheres se sintam mais à vontade nos espaços do meio rural, que ainda são predominantemente masculinos. Uma mulher pode inspirar a outra a formar uma grande mobilização feminina.

Quais assuntos são abordados?

No primeiro momento, falamos sobre o papel e a importância dos sindicatos rurais, dando a palavra política no contexto do Programa de Sustentabilidade Sindical (PSS), promovido pelo Sistema FAEP/SENAR-PR. Na sequência, fazemos uma apresentação sobre minha vivência enquanto presidente do Sindicato Rural de Teixeira Soares, vice-presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR e integrante das comissões técnicas de Bovinocultura de Leite e Grãos. Também conto um pouco da minha história e da minha experiência no meio rural. Depois, explicamos o trabalho da Comissão Estadual, ações realizadas até o momento, planos futuros, e listar o planejamento estratégico para este ano.

Como são definidos os locais?

Por demanda dos sindicatos rurais. As coordenadoras regionais têm grande importância nesse trabalho, fazendo essa ponte com os sindicatos, entendendo as necessidades de cada um e organizando as reuniões.

Como é o processo de criação de uma comissão local?

Antes de formar uma comissão local, é preciso que as mulheres conheçam o trabalho da Comissão Estadual. Geralmente, o primeiro passo vem de mulheres que já são mais próximas dos sindicatos rurais ou têm alguma familiaridade com os presidentes e membros da diretoria. Elas formam um pequeno grupo, fazem essa primeira apresentação para o sindicato, e aí começamos a entrar em contato por meio das coordenadoras regionais, com o objetivo de organizar um primeiro evento com mais mulheres. As demais convidadas começam a ser sondadas nessas conversas iniciais, por meio das associadas, e já vamos identificando e recebendo indicações de mulheres com perfis de liderança, engajadas, comprometidas, enfim, que tenham características para

somar. Na maioria das vezes já conseguimos encerrar o primeiro encontro com um grupo local formado, com um número mínimo de mobilizadas e coordenadoras.

Como é feito o acompanhamento dos grupos que estão em formação?

Caso o grupo já tenha nomes definidos para a coordenação e um número mínimo de integrantes, o presidente do sindicato rural em questão envia um ofício para a FAEP, comunicando que a comissão está formalizada. Em seguida, a Federação vai disponibilizar uma mentoria para o grupo começar a estruturar seu planejamento estratégico. Cada comissão é independente, mas recebem esse direcionamento da Federação e também da Comissão Estadual.

Quais são os próximos encontros programados?

Devemos ter uma rodada de encontros em julho na região de Irati. O Norte do Paraná também está nos planos da Comissão Estadual. Ainda temos muitos sindicatos para visitar. Está acontecendo conforme a demanda.

Como você avalia os resultados destas reuniões?

A expectativa é que as comissões locais floresçam e cresçam, impactando realmente a nossa participação no agro paranaense e nacional. Já temos algumas mulheres sendo convidadas a participarem de reuniões de diretoria, e também se sentindo mais confiantes para fazerem suas vozes ser ouvidas.

Para quem tem interesse em formar uma comissão local de mulheres no seu sindicato, como deve proceder?

O primeiro passo é procurar o seu sindicato rural. Todos estão aptos para tirar as dúvidas e fornecer orientações. O Sistema FAEP/SENAR-PR também permanece inteiramente à disposição.

Fonte: CNA Brasil
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AGRONEGÓCIO

Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás

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Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.

Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.

Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.

Origens: fé, terra e pioneirismo

A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.

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Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.

Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.

Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro

O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.

Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.

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Diversificação econômica e qualidade de vida

Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.

Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Infraestrutura, eventos e futuro sustentável

Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.

Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.

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