AGRONEGÓCIO
Agricultores enfrentam a ferrugem asiática com estratégias integradas
AGRONEGÓCIO
A luta contra a ferrugem asiática, uma doença devastadora que ataca as lavouras de soja, está levando os agricultores brasileiros a adotarem estratégias integradas de manejo, além de novos produtos, como os aditivos aditivos agrícolas que reduzem a necessidade do uso de fungicidas, entre eles o extrato pirolenhoso, um dos mais eficientes.
Desde seu primeiro registro no Paraná, na safra de 2001/2002, o fungo Phakopsora pachyrhizi tem causado prejuízos bilionários ao setor, estimados em cerca de R$150 bilhões, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
Com a doença podendo dizimar até 90% da produção em casos graves, os produtores estão cada vez mais conscientes da necessidade de um plano de ação robusto que vá além do controle químico. As práticas adotadas incluem o vazio sanitário, a seleção de cultivares resistentes, a rotação de culturas e o uso criterioso de fungicidas.
O Vazio Sanitário se mostra uma tática eficaz ao exigir que os campos fiquem livres de soja por um período determinado, reduzindo assim as chances de sobrevivência do fungo. A escolha de cultivares resistentes também é uma linha de frente importante na batalha contra a ferrugem, permitindo que as plantas tenham uma chance melhor de sobrevivência quando confrontadas com o patógeno.
A Rotação de Culturas é outra medida vital, com a alternância entre a soja e culturas não hospedeiras como o milho, diminuindo a pressão do fungo nas áreas cultivadas. E, finalmente, o Controle Químico eficaz depende do uso preventivo de fungicidas e da rotação de produtos para evitar a resistência do fungo.
Com a recente incidência precoce da doença em estados como o Rio Grande do Sul, onde foram registrados 88 casos até janeiro, os agricultores estão em alerta. A implementação dessas estratégias não só visa controlar a propagação da ferrugem asiática mas também proteger a viabilidade econômica das lavouras de soja no país.
A união dessas práticas, aliada ao uso de aditivos agrícolas, representa um caminho promissor para a agricultura nacional, na constante busca por soluções que garantam a produtividade e a sustentabilidade da soja frente aos desafios impostos por doenças como a ferrugem asiática.
Fonte: Pensar Agro

AGRONEGÓCIO
Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás

Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.
Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.
Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.
Origens: fé, terra e pioneirismo
A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.
Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.
Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.
Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro
O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.
Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.
Diversificação econômica e qualidade de vida
Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.
Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Infraestrutura, eventos e futuro sustentável
Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.
Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.
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