AGRONEGÓCIO
Aprosoja MT concluiu missão à Europa com alertas importantes para o agro
AGRONEGÓCIO

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) concluiu a Missão Logística Europa 2024 com alertas importantes para o setor agropecuário brasileiro.
A comitiva, que visitou Holanda, Bélgica, Alemanha e França, trouxe à tona as preocupações com a nova Lei Anti-Desmatamento da União Europeia, que entra em vigor em dezembro de 2024. Segundo o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, a legislação deve aumentar os custos da exportação de soja para o continente em até US$ 60 por tonelada, devido às novas exigências de rastreabilidade.
Beber destacou que, além dos desafios de adaptação à nova legislação, o setor enfrenta dificuldades práticas, como a necessidade de criar uma infraestrutura logística paralela para separar cargas rastreadas, especialmente em áreas menores que possuem apenas um ponto de recepção. Esse cenário poderá inviabilizar a operação para pequenos e médios produtores brasileiros, forçando alguns a abandonar a produção.
Durante a missão, a comitiva teve a oportunidade de conhecer de perto o sistema logístico europeu, considerado referência mundial em eficiência, com o uso de hidrovias, ferrovias e rodovias interconectadas. O modelo europeu, segundo Beber, pode servir de inspiração para o Brasil, que ainda enfrenta gargalos importantes na logística de escoamento de safra.
Além das discussões sobre a lei europeia, a missão também evidenciou a preocupação com os atrasos no plantio da safra 2024/25 de soja em Mato Grosso. Beber alertou que as condições climáticas adversas, mesmo em áreas irrigadas, estão afetando o potencial produtivo e podem comprometer a janela de plantio da segunda safra de milho em 2025.
O senador Wellington Fagundes, que integrou a missão, reforçou a importância de mostrar para os europeus o compromisso do agronegócio brasileiro com a sustentabilidade e a preservação ambiental, destacando que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo.
A Missão Logística Europa 2024 trouxe à tona a necessidade de modernização e ampliação da infraestrutura logística brasileira para garantir a competitividade no cenário global, ao mesmo tempo em que reforçou o compromisso do setor agropecuário de Mato Grosso com práticas sustentáveis.
Fonte: Pensar Agro

AGRONEGÓCIO
Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás

Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.
Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.
Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.
Origens: fé, terra e pioneirismo
A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.
Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.
Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.
Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro
O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.
Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.
Diversificação econômica e qualidade de vida
Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.
Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Infraestrutura, eventos e futuro sustentável
Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.
Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.
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