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Brasil tem a primeira tempestade nomeada como furacões. A Acará segue ativa até o fim de semana e pode causar danos à agricultura

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O Brasil acompanha de perto a evolução da tempestade tropical Akará, um fenômeno climático inédito, cá por estas bandas, que, segundo a Marinha do Brasil, nos últimos dias passou de uma depressão subtropical para tempestade. Com sua trajetória atual sobre o oceano, Akará não deve entrar diretamente a costa brasileira, mas tem força para causar impactos significativos, especialmente para o setor agrícola, nas próximas semanas.

A tempestade, que se mantém em curso para o sul do oceano Atlântico, distante das regiões Sudeste e Sul do país, ainda assim influenciará o clima no Brasil até o final desta semana. A partir do final de semana, espera-se que seus efeitos se dissipem à medida que se afasta da costa. Apesar da distância, Akará levanta importantes discussões sobre a preparação e resposta do setor agrícola a eventos climáticos extremos.

Especialistas alertam para a necessidade de vigilância nas regiões produtoras, onde o ciclone pode trazer chuvas e ventos fora do comum. Isso é particularmente relevante para o Sudeste e partes do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que veem na umidade uma chance de beneficiar culturas em estágios decisivos de desenvolvimento, incluindo o algodão em floração e o milho safrinha.

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Contudo, para a soja, que se encontra em fase de maturação e colheita, as previsões de chuvas frequentes podem complicar as operações de colheita. Produtores também devem ficar alertas para o risco de granizo e fortes rajadas de vento, que podem causar danos consideráveis às plantações.

A situação exige um planejamento cuidadoso e a adoção de medidas preventivas por parte dos agricultores, visando minimizar potenciais prejuízos. O fenômeno Akará, embora raro, serve como um lembrete da importância da resiliência e preparação frente aos crescentes desafios impostos pelas mudanças climáticas ao setor agrícola brasileiro. Autoridades e especialistas continuam monitorando a situação, prontos para oferecer recomendações e suporte conforme necessário.

O QUE É – A tempestade Akará é a primeira tempestade tropical a receber um nome oficial no Brasil. O evento histórico se formou entre os dias 17 e 20 de fevereiro, na região costeira do Pará. A tempestade atingiu a cidade de Acará com ventos de até 120 km/h, causando danos materiais e transtornos para a população local.

Até então, o Brasil nunca havia adotado um sistema oficial de nomenclatura para tempestades tropicais, similar ao utilizado nos Estados Unidos e no Caribe, para os furacões. DAr nome à tempestade visa facilitar a comunicação e o alerta da população em áreas de risco. A nomeação oficial da tempestade Akará marca um passo importante na gestão de desastres naturais no Brasil.

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O sistema de nomenclatura de tempestades tropicais no Brasil foi criado pela Marinha do Brasil em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. A lista de nomes, que inclui 30 nomes masculinos e 30 nomes femininos, foi elaborada com base em sugestões da comunidade científica e da população.

A tempestade Akará foi classificada como uma tempestade tropical, que se caracteriza por ventos sustentados de 63 a 118 km/h. As tempestades tropicais são menos intensas que os furacões, que apresentam ventos acima de 119 km/h.

Fonte: Pensar Agro

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Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás

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Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.

Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.

Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.

Origens: fé, terra e pioneirismo

A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.

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Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.

Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.

Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro

O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.

Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.

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Diversificação econômica e qualidade de vida

Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.

Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Infraestrutura, eventos e futuro sustentável

Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.

Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.

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