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AGRONEGÓCIO

Governo destina milhões ao MST enquanto produtores enfrentam insegurança e altos custos

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AGRONEGÓCIO

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Instituto do Agronegócio (IA) e diversas entidades e lideranças do agronegócio têm manifestado preocupação com as recentes medidas do governo federal voltadas para o controle dos preços dos alimentos, além de investir em movimentos que causam prejuízos e trazem insegurança ao campo. Entre os principais pontos debatidos estão os altos custos logísticos, a falta de investimentos em infraestrutura e a tributação sobre insumos agropecuários, fatores que impactam diretamente a produção e a competitividade do setor, além de destinar R$ 750 milhões para iniciativas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A bancada do agro, por exemplo, tem ressaltado a necessidade de investimentos urgentes em infraestrutura para o escoamento da safra, destacando que o custo do frete praticamente dobrou em relação ao ciclo passado. Além disso, há um déficit significativo na capacidade de armazenagem, especialmente para produtos perecíveis, o que gera pressão sobre os produtores e aumenta a necessidade de escoamento rápido. Problemas logísticos em rodovias, deficiências na fiscalização alfandegária e portuária, além de questões relacionadas à Marinha Mercante, são apontados como entraves ao desenvolvimento do agronegócio.

A FPA também contestou as recentes decisões do governo sobre tarifas de importação de alimentos, argumentando que a alíquota zero para produtos como carne, milho, azeite e café pode não ser eficaz para conter a inflação. A bancada defende que a solução mais adequada seria a revisão da tributação sobre insumos essenciais, como fertilizantes e defensivos agrícolas, além da redução temporária de PIS/Cofins sobre itens estratégicos.

Para viabilizar medidas mais alinhadas ao setor agropecuário, a bancada ruralista tem pressionado o governo por mais diálogo e pelo atendimento às propostas enviadas aos Ministérios da Fazenda e da Casa Civil. Entre as reivindicações estão a destinação de mais recursos para a produção agropecuária e a adoção de políticas que garantam maior previsibilidade para o setor.

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A votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, ainda pendente no Congresso Nacional, será um ponto-chave para definir o direcionamento de investimentos e políticas voltadas ao agronegócio nos próximos meses.

Imagem: assessoria

EQUIVOCADO – Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), é fundamental que o governo entenda que qualquer medida que impacte o agronegócio precisa ser debatida com o setor produtivo. “O Brasil é um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo, e decisões unilaterais podem comprometer nossa competitividade e gerar insegurança para produtores e consumidores”.

“A solução para conter a inflação dos alimentos não está na importação indiscriminada nem em intervenções artificiais de mercado. Precisamos de incentivos para reduzir custos de produção, melhorias na logística e políticas que garantam previsibilidade para o setor, permitindo um crescimento sustentável da agropecuária brasileira”, disse Isan.

Outro ponto que gerou forte reação do setor agropecuário, na semana que passou, foi a decisão do governo de destinar R$ 750 milhões para iniciativas ligadas ao MST. A proposta, que inclui R$ 400 milhões para a compra de alimentos da agricultura familiar e R$ 350 milhões para o Fundo de Terras e da Reforma Agrária, foi enviada à Comissão Mista de Orçamento e gerou questionamentos de entidades do agronegócio.

Representantes do setor defendem que tais recursos poderiam ser direcionados para o fortalecimento do Plano Safra, incluindo investimentos em seguro rural e em programas que beneficiem diretamente os produtores.

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As entidades agropecuárias manifestaram preocupação com o histórico de invasões de terras associadas ao MST e cobram maior segurança jurídica para os produtores rurais. A insegurança fundiária e os conflitos agrários são apontados como fatores que dificultam novos investimentos e comprometem a estabilidade do setor.

“A destinação de recursos para grupos com histórico de invasões de terras é um sinal preocupante. Em vez de fortalecer a produção e a infraestrutura rural, o governo escolhe um caminho que pode aumentar os conflitos no campo e desestimular investimentos no setor agropecuário”, criticou Isan Rezende.

“A destinação de R$ 750 milhões para o MST é uma decisão equivocada que apenas reforça a insegurança jurídica no campo. Em vez de apoiar quem realmente produz e gera emprego, o governo direciona recursos para um movimento que historicamente promove invasões e conflitos, prejudicando o ambiente de negócios e afastando investimentos do setor agropecuário”, criticou o presidente do IA, continuando: “os produtores rurais enfrentam desafios reais, como altos custos logísticos, carga tributária excessiva e a necessidade de crédito para financiar a próxima safra. Redirecionar recursos para um grupo que não contribui efetivamente para a produção é um erro estratégico que pode comprometer a confiança no setor e agravar os problemas estruturais do agronegócio brasileiro”.

O setor agropecuário segue acompanhando as decisões do governo e reforça a necessidade de medidas que promovam a competitividade e a eficiência da produção nacional, garantindo segurança alimentar e crescimento econômico sustentável.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás

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Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.

Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.

Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.

Origens: fé, terra e pioneirismo

A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.

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Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.

Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.

Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro

O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.

Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.

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Diversificação econômica e qualidade de vida

Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.

Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Infraestrutura, eventos e futuro sustentável

Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.

Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.

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