AGRONEGÓCIO
Mundo precisa de R$ 55 trilhões anuais para reduzir efeitos das mudanças climáticas
AGRONEGÓCIO
Parag Khanna, PhD e assessor de estratégia global da New American Foundation, fez um alerta, nesta quinta-feira (27.06), no Global Agriculture Forum, promovido pela Datagro em São Paulo, que deixou perplexos os participantes.
O especialista disse que as mudanças climáticas não são mais previsões futuras, mas acontecimentos reais. “Na índia, há 30 dias está mais de 50º C e, no Irã, teve o registro de 60º C. O mapa do clima mostra que o clima mais quente do mundo está lá. Não é futuro. É hoje”.
Ele destacou que o mundo precisa se unir para mitigar os impactos e enfatizou que isso exigirá investimentos massivos: “O mundo precisaria de US$ 10 trilhões (R$ 55 trilhões) por ano para mitigar as mudanças climáticas e não temos esse dinheiro”.
Apesar da crise climática, Khanna reconheceu o potencial do Brasil como potência agrícola. “O Brasil é uma potência mundial e o único autossuficiente no mundo em comida. Isso não pode ser ignorado por outros países”. Ele ressaltou que o país não precisa se alinhar a blocos geopolíticos, mas sim aproveitar sua capacidade de fazer negócios com o mundo todo.
Khanna reconheceu o protagonismo do Brasil na adaptação às mudanças climáticas. “Muitas das coisas que o Brasil faz para se adaptar irão, na verdade, manter a estabilidade da sua própria produção agrícola, o que manterá os preços sob controle. Portanto, sua contribuição é a estabilidade de preços e oferta agrícola, essa é a coisa mais importante que o Brasil pode fazer: não deixar que as mudanças climáticas impeçam isso”.
Diante da geopolítica conturbada, Khanna defendeu a resiliência brasileira como chave para enfrentar as crises. E citou o exemplo da África durante a pandemia, que sofreu com a ruptura na cadeia de suprimentos. “A África precisa produzir mais alimentos e remédios por conta própria. Cada lugar precisa ter uma certa base de resiliência, essa é a verdadeira lição”, ensinou.
Com a crescente demanda por alimentos na Ásia, o Brasil se encontra em uma posição estratégica, segundo ele. “A demanda será enorme na Ásia, com 60% da população e da economia mundial. Mesmo que eles produzam muita comida por conta própria, nunca será suficiente. Eles terão que importar. Então, eu acho que toda a Ásia será um grande mercado para o Brasil”, conclui Khanna.
Fonte: Pensar Agro

AGRONEGÓCIO
Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás

Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.
Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.
Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.
Origens: fé, terra e pioneirismo
A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.
Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.
Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.
Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro
O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.
Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.
Diversificação econômica e qualidade de vida
Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.
Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Infraestrutura, eventos e futuro sustentável
Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.
Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.
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