AGRONEGÓCIO
Formação técnica em agronegócio pelo Senar inspira famílias inteiras à capacitação
AGRONEGÓCIO
Os formandos em Técnico em Agronegócio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – AR Sergipe estiveram reunidos no último sábado (23), durante a segunda edição do Agro Encontro para a colação de grau, após dois anos sem a possibilidade de realização de eventos em ambientes fechados, o momento foi muito aguardado pelos alunos do Senar. Entre os profissionais do agro, muitas histórias para contar, algumas de inspiração, outras de muita dedicação e até de sucessão familiar.
Formada em Técnico em Agronegócio pelo Senar Sergipe, Derlane Menezes inspirou todos da casa a realizarem também a capacitação profissional. O esposo João Neto passou na seleção do curso no semestre seguinte e foi um dos formandos da solenidade de Colação de Grau, realizada no último sábado (23). Já o filho dele, Felipe Fraga também se formou antes do pai.
Agora, os três da mesma família são formados em Técnico em Agronegócio pelo Senar. “O curso possibilitou transformação de vidas, o Felipe logo entrou no mercado de trabalho, no meu caso ampliou ainda mais meus conhecimentos e me motivou a seguir na área, hoje sou estudante de medicina veterinária e continuo me dedicando ao Agro, que é a força do nosso país.”
Filho de produtor rural, a família de João Neto é um exemplo de sucessão familiar no setor agropecuário e garante incentivar cada dia mais pessoas a buscarem a capacitação do Senar. “Hoje estamos todos no setor, por incentivo do Senar, que oportunizou o desenvolvimento da família”, ressaltou o também professor.
Histórias também de superação, marido e mulher se formaram juntos com o mesmo propósito. Klesia Pereira e Bruno Carvalho saiam de Ribeirópolis para o Polo em Carira, mesmo cansados da rotina do campo, construíram esse conhecimento juntos. “Poucas foram as vezes que faltamos, pois a vontade de aprender era maior que o cansaço do dia a dia. Fizemos também juntos o nosso projeto de conclusão falando da nossa propriedade.”, contou Klesia satisfeita.
O presidente do Sistema Faese/Senar, Ivan Sobral conta que o curso Técnico em Agronegócio forma profissionais extremamente requisitados no mercado de trabalho e preparados para atuar em parceria com o produtor rural. “Uma grande vantagem para quem segue o caminho do curso técnico é chegar mais cedo ao mercado de trabalho. No caso do curso técnico em agronegócio, o formado entra num setor que não para de crescer”, ressaltou o presidente.
As últimas turmas formadas em Técnico em Agronegócio que realizaram a colação de grau foram dos Polos de Carira, Indiaroba e Tobias Barreto. O Senar Sergipe já capacitou 270 profissionais na formação técnica. Os cursos ofertados este ano, além do Técnico em Agronegócio nesses municípios citados, foram Fruticultura em Indiaroba e Zootecnia, nos Polos de Porto da Folha e Itaporanga D’Ajuda.
AGRONEGÓCIO
Rio Verde celebra 177 anos como potência do agronegócio e polo de desenvolvimento em Goiás
Nesta terça-feira, 5 de agosto, o município de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, comemora seus 177 anos de fundação. Com uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho no campo e pela capacidade de se reinventar, a cidade se consolidou como uma das maiores potências econômicas do Centro-Oeste brasileiro, mantendo firme suas raízes na agropecuária.
Com uma população estimada de quase 240 mil habitantes, Rio Verde é atualmente a maior produtora de soja de Goiás, a segunda maior produtora de grãos do Brasil e a quarta maior exportadora nacional de grãos. Metade de toda a riqueza gerada no município vem diretamente do agronegócio, setor que impulsiona o crescimento local desde os anos 1970.
Sua produção agrícola é diversificada e inclui soja, milho, arroz, algodão, feijão, girassol, sorgo e, mais recentemente, tomate. Sob gestão de Wellington Carrijo (MDB), o município também se destaca nos rebanhos bovino, suíno e avícola, com forte presença da agroindústria no processamento de carnes, grãos e outros alimentos.
Origens: fé, terra e pioneirismo
A ocupação da região de Rio Verde teve início no século XIX, com a implantação de uma política de incentivos fiscais pela então Província de Goiás. A Lei nº 11, de 1834, concedia isenção de impostos por dez anos a criadores de gado bovino e equino que se estabelecessem no sul goiano.
Foi nesse contexto que o pioneiro José Rodrigues de Mendonça, ao lado da esposa Florentina Cláudia de São Bernardo, fixou residência na região por volta de 1840. O casal doou sete sesmarias para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, marco inicial da formação do povoado.
Assim surgiu o Arraial de Nossa Senhora das Dores do Rio Verde, elevado à categoria de Distrito em 1848 e posteriormente à condição de Vila em 1854, conforme leis provinciais da época. Um gesto de fé e solidariedade que daria origem a uma cidade que, quase dois séculos depois, movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.
Transformação nos anos 1970: o cerrado vira celeiro
O salto decisivo para o desenvolvimento de Rio Verde aconteceu nos anos 1970, quando a abertura de estradas pavimentadas ligando o município a Goiânia e Itumbiara facilitou o escoamento da produção e atraiu agricultores do Sul e Sudeste do Brasil, além de produtores norte-americanos.
Esses migrantes trouxeram tecnologia, maquinário e capital, transformando o Cerrado em uma das regiões mais produtivas do país. A instalação de cooperativas agrícolas, indústrias alimentícias e centros de pesquisa consolidou o município como polo de inovação no campo.
Diversificação econômica e qualidade de vida
Embora o agronegócio siga como carro-chefe, outros setores também desempenham papel central na economia de Rio Verde. A cidade conta com fortes setores de comércio, serviços e agroindústria, que juntos geram milhares de empregos. Apenas em 2025, segundo dados da prefeitura, foram criadas mais de 3 mil novas vagas formais de trabalho.
Na área social, os indicadores também impressionam. Com 98,27% de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, o município se destaca na educação básica. O PIB per capita é de R$ 65.948,14, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,754, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Infraestrutura, eventos e futuro sustentável
Rio Verde também investe em infraestrutura logística e tecnologia de produção, tornando-se referência nacional em eventos agropecuários, turismo de negócios e visitas técnicas. Feiras, exposições, rodeios e congressos movimentam a economia e atraem visitantes de todo o país.
Com uma gestão focada no desenvolvimento sustentável, o município busca equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental e inclusão social. A chegada de novas indústrias e a expansão da cadeia produtiva do agro são sinais claros de que a cidade ainda tem muito a crescer.