Empreendedorismo
Jovens Empreendedores: Sonhos grandes, desafios maiores
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Nos últimos anos, o Brasil tem visto uma verdadeira onda de jovens querendo empreender. É como se a juventude tivesse decidido que esperar por um emprego dos sonhos não é mais opção — agora, eles querem criar o próprio caminho. Mas apesar da coragem e da criatividade, a jornada de quem decide abrir um negócio ainda jovem é cheia de obstáculos.
Dados do Sebrae mostram que o número de jovens empreendedores entre 18 e 29 anos cresceu 25% nos últimos 12 anos, chegando a 4,9 milhões em 2024. Eles representam 16% dos donos de negócios no país, mesmo sendo cerca de 22% da população em idade ativa. Ou seja, ainda há muito espaço para crescer. A maioria desses jovens atua por conta própria, sem funcionários, e está concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste. O perfil é diverso: 57% se autodeclaram negros (pretos ou pardos) e 64% são homens, embora a presença feminina esteja aumentando. Em termos de escolaridade, 47,5% têm ensino médio completo e 26% possuem ensino superior incompleto ou mais, mostrando que a qualificação está em alta.
Os jovens estão apostando em setores que têm tudo a ver com inovação e estilo de vida. Os principais segmentos de atuação incluem: tecnologia e serviços digitais como criação de aplicativos, marketing digital, e-commerce, alimentação através de delivery, marmitas fitness, cafeterias e food trucks, estética e beleza salões, barbearias, serviços de maquiagem e cuidados com a pele, educação e capacitação: cursos online, aulas particulares, mentorias. Esses setores têm atraído os jovens por serem mais flexíveis, digitais e com baixo custo inicial. Mas nem tudo são flores, a realidade é bem mais dura.
Apesar do crescimento, empreender jovem no Brasil ainda é um desafio e tanto. A falta de acesso a crédito, a pouca experiencia, baixa formalização e o equilíbrio entre os estudos e trabalho são alguns “perrengues” que esses empreendedores enfrentam.
A boa notícia é que tem muita gente querendo ajudar. Programas de capacitação, mentorias, redes de apoio e até incubadoras de startups estão surgindo para dar suporte a quem está começando e o próprio Sebrae tem investido nessas iniciativas. Outro ponto positivo é que os jovens estão cada vez mais conectados com causas ESG. Muitos negócios têm propósito, como gerar impacto positivo na comunidade ou promover inclusão. Isso atrai clientes e investidores que querem mais do que só lucro.
Empreender jovem é como pular de paraquedas sem saber direito onde vai cair. Mas com coragem, criatividade e apoio certo, dá para transformar ideias em negócios de sucesso. O caminho é cheio de desafios, mas também de oportunidades. E se tem uma coisa que essa geração sabe fazer, é reinventar o mundo à sua maneira.
Bruno Vieira é Professor, pós-graduado em Gestão do Desenvolvimento Humano nas Organizações, Gerente da Unidade de Articulação e Competitividade do Sebrae Tocantins, Vice-Presidente da Região Norte da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais – CONAMPE e Presidente do Conselho de Inovação e Desenvolvimento Econômico de Palmas – CIDEP – Representando a Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais do Tocantins – FAMPEC_TO

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